sábado, 5 de dezembro de 2020

Jogo da Poesia: O Entrelace entre Poesia e Ludicidade

 Jogo da Poesia: O  Entrelace entre Poesia e Ludicidade

Relações entre poesia e jogo:

Segundo Oberg, o lúdico se manifesta na poesia por meio de diferentes mecanismos relacionados ao jogo.

"A poesia tem a função de despertar a prática da infância entre os homens" (Manoel de Barros)

O Poeta Carlos Drummond de Andrade questiona quando "A Educação do Ser Poético": Por que motivo as crianças, de modo geral, são poetas e, com o tempo, deixam de sê-lo?"

Huizinga em sua obra "Homo Ludens" diz que: "O adulto precisaria de 'uma capa mágica', com a qual resgataria a sua alma de criança, para compreender a poesia por meio de jogp com as palavras". 

Abaixo, lhes convido a refletir sobre os pontos de intersecções entre a criança, a poesia e a ludicidade:





 Mapa ou Esquema Jogo da Poesia – O Entrelace entre Poesia e Ludicidade.

Esse é um mapa que faz uma sistematização interessante, demonstrando minhas reflexões sobre a poesia, a partir da leitura do texto indicado. Há menção ao jogo que se dá na ação da leitura poética e sua síntese ao convite, que precisa “despertar o desejo de jogar (ler) mais, improvisar ou renovar a brincadeira”. Podemos observar que a poesia, como jogo, envolve o sujeito de modo global: favorece a cooperação e a socialização, pois pressupõe a interação com um “outro”; com perguntas e respostas, com brincadeiras de adivinhações, com trava-línguas, canções ritmadas, a poesia tem função de armazenar conhecimentos, assim como o jogo; como jogo, a poesia está circunscrita a determinado tempo e espaço, pressupondo o atendimento a regras e a ação voluntária do jogador/leitor; como jogo, a poesia propõe um desafio ao leitor e está ligada ao prazer e à fruição. Enfim, são muitas as coincidências, não é? Daí o apelo que o poético tem junto aos pequenos e jovens leitores e a importância de prevermos, pela mediação, espaços significativos e um contexto cordial para que a experiência da poesia se concretize. 

A poesia é uma troca de afetos em recitações inscritas e perpassa por experiências de um olhar sensível sobre a coletividade da vida (Natureza-Homem-Objeto).

Tomemos como exemplos as poesias de Cecília Meireles em sua obra "Isto ou Aquilo" ; Vinícius de Moraes em sua obra "A Arca de Noé". E a poesia de Ricardo Azevedo que faz menção "A Bola de Gude".

 Um abraço poético!

Texto e Mapa de Jacira C. da Costa

Instagram @atelierjacydacosta

Apontamentos da Profa.

Marlí Cristina Tasca Marangoni 

(Universidade Caxias do Sul)