O Brincar na Infância: Uma Cultura de Consumo?*
Por JACIRA C. DA COSTA
*Trabalho apresentado no Congresso
Internacional de Psicomotricidade no Chile, realizado na Cidade de
Santiago do Chile, pelo período de 10 de novembro a 13 de novembro de 2011Por JACIRA C. DA COSTA
Geralmente,
quando realizamos uma brincadeira e convidamos uma criança para brincar elas
não recusam o convite.
Na rotina escolar realizamos ou
tentamos realizar muitas brincadeiras com materiais diversos, porém o mais
comum são a presença dos brinquedos industrializados, como bambolês, bolas,
cordas de cisal ou as crianças trazem de sua casa brinquedos que os pais
compram como: carros do Hot Wheels, Barbies, bonecas que falam ou fazem xixi
quando apertamos um botão, laptops, carrinhos com controle remoto, etc. o que
caracteriza um consumo exacerbado de brinquedos industrializados que possuem
materiais de difícil decomposição e que um dia poderão se tornar lixo expostos
no meio ambiente.
Buscando resgatar a cultura e as
brincadeiras infantis dos nossos antepassados (pais e avós) e conscientizar
seus alunos sobre a importância da preservação do meio ambiente, uma professora
de Educação Física, realizou um projeto com um grupo de crianças na faixa
etária de 6/7 anos a 10 anos do Ensino Fundamental em uma Escola Municipal do
Rio de Janeiro. Utilizaram-se materiais recicláveis contidos em caixas no
armário da escola, além de materiais trazidos pelos próprios alunos.
A questão ambiental vem sendo
considerada como cada vez mais urgente e importante para a sociedade, pois o
futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre o meio ambiente e o
uso pelo homem dos recursos naturais disponíveis. Essa consciência já chegou
até as escolas e várias iniciativas têm sido desenvolvidas em torno desta
questão, por professores de todo o País.
Em cada contexto social observamos que existem perspectivas, atitudes, teorias
e olhares frente ao brincar. Podemos afirmar que as
brincadeiras são expressões de cada momento histórico, social, político e
cultural de um determinado contexto temporal e espacial. Verificam-se nessa
época, tão contemporânea, alterações sociais e econômicas que é visível na
própria concepção de sociedade, educação e sujeito. Em conseqüência, muda-se
também a concepção de ser criança e de infância, alterando também os tipos de
brinquedos infantis e o conceito do brincar.
É nesse contexto histórico-social que
se verifica um conjunto de conhecimentos a serviço da produção e do consumo.
Essa sociedade capitalista apela incansavelmente através da mídia, para o
consumo, criando no indivíduo a necessidade de consumir mercadorias, e para o
público infantil os brinquedos industrializados são referência marcante deste
consumo criando-se vários acessórios: roupas de marcas, acessórios de desenhos
famosos e não tão infantis, como também CDs e DVDs infantis, festas temáticas
de aniversário, etc. No caso da criança, os brinquedos já estão prontos, pois é
só chegar à loja virtual ou no comércio que eles estarão lá à venda. E estes
brinquedos fazem toda a simulação (choro, som, movimentos, entretenimento) onde
a criança apenas permanece frente ao brinquedo passivamente, olhando e
observando como expectadora. Assim, vivemos atualmente, e convivendo, com uma
invasão e bombardeio de informações disponíveis através de brinquedos com suas
parafernálias altamente tecnológicas. E como relata Oliveira (2008) vivemos uma
incapacidade aparentemente insuperável de interpretação dos fenômenos.
Ao citarmos Rubem Alves, ele nos
remete a seguinte reflexão:
“Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é
preciso que seja comprado em lojas. Na verdade, muitos dos brinquedos que se
vendem em lojas não são brinquedos precisamente por não oferecerem desafio
algum. Que desafio existe numa boneca que fala quando se aperta a sua barriga?
Que desafio existe num carrinho que anda ao se apertar um botão? Como os
brinquedos do professor Pardal, eles logo perdem a graça. Mas um cabo de
vassoura vira um brinquedo se ele faz um desafio: “Vamos, equilibre-me em sua
testa!”Quando eu era menino eu e meus amigos fazíamos competições para saber
quem era capaz de equilibrar um cabo de vassoura na testa por mais tempo. O
mesmo acontece com um corda no momento em que ela deixa de ser coisa para se
amarrar e passa a ser coisa de se pular. Laranjas podem ser brinquedos? Meu pai
era um mestre em descascar laranjas sem arrebentar a casca e sem ferir a
laranja. Para o meu pai a laranja e o canivete eram brinquedos. Eu olhava para
ele e tinha inveja. Assim, tratei de aprender. E ainda hoje, quando vou
descascar uma laranja, ela vira brinquedo nas minhas mãos ao me desafiar:
“Vamos ver se você é capaz de tirar a minha casca sem me ferir e sem deixar que
ela arrebente...”. (ALVES, Rubem. Brincando é que se
aprende.
http://www.rubemalves.com.br/ebrincandoqueseaprende.htm)
O apelo contemporâneo é, portanto, para a
busca incansável da satisfação humana, via produção e consumo. O sujeito (seja
criança, adolescente, jovem, adulto, idoso) é o responsável para consumir,
valorizando a condição de ter e não de ser. É o ditado que diz: “Você vale pelo que tem e não pelo que você é”.
A imagem e o belo é a garantia de status e prestígios sociais. Todavia perde-se
a noção do ser, digo, ser humano (ser hum-mano) da educação para a vida,
enquanto processo de emancipação, preservando de forma considerável a educação
para a utilidade. No caso da criança, essa só se satisfaz se tiver o produto
que é anunciado em propagandas. Só se sente satisfeita se possuir a roupa do
super-homem ou do Batman ou do Ben10, ou o laptop da Xuxa, o CD da Sandy e
Junior, a mochila da Pucca, ou mais ainda, só brinca se for com brinquedos
eletrônicos, industrializados e, padronizados. Afinal todos os amigos do grupo
têm que ter o mesmo brinquedo. E se a criança não tiver, não poderá brincar ou “fazer parte do grupo”.
Vídeo: Youtube - Educação Infantil e o poder da mídia que influencia
sobre o consumo infantil
Este tempo, que é o do
consumo, exige a própria superação da lógica desumanizadora do capital que tem
no individualismo, no lucro e na competição seus fundamentos, desconstruindo o
conceito de ludicidade e do brincar. O que para os teóricos como Vygotsky,
Piaget, Wallon, Freud, Lapierre, Aucouturie, etc; o brincar seja considerado
fonte inspiradora para o desenvolvimento e aprendizado humano, resultando em
características fundamentais, como: criatividade, prazer, alegria,
espontaneidade, criticidade, criatividade, autonomia, busca do conhecimento,
etc. Vê-se outra concepção de brincar, submetida à lógica da padronização e da
prontidão onde a criança não desenvolve a ação criativa e simbólica sobre o
brinquedo, pois esse já vem pronto e acabado, faz toda a ação sozinha, enquanto
o reflexo do avanço tecnológico e a única ação do infante se resumem na sua
condição de proprietário do brinquedo.
Mais uma vez podemos nos
refutar à palavras do Professor Rubem Alves, quando relembra que:
“Como a gente era pobre e não tinha dinheiro para
comprar brinquedos, a gente fazia os brinquedos. Minha mãe me ensinou a fazer
chapéus de Napoleão com jornais, a recortar bonequinhas, todas de mãos dadas, a
fazer corrupios com botões e linha, a fazer barquinhos de papel, que eu
colocava na enxurrada... Hans Christian Andersen, um contador de estórias
dinamarquês, contou a estória de um soldadinho de chumbo de uma perna só,
apaixonado pela bailarina da caixinha de música, que navegou num barquinho de
papel nas águas da chuva que corriam pela sarjeta, até naufragar num bueiro,
que o levou ao rio, onde foi engolido por um peixe...”
Em meio a tantas mudanças e novidades na esfera econômica e social capitalista, devemos questionar quem são estas crianças e quais tipos de brinquedos e jogos as crianças gostariam de brincar e quais têm brincado hoje.
Perceber a criança em sua
subjetividade ajuda a responder as suas inquietações para que possamos ter uma
reflexão crítica do brincar, pois muitas das vezes estamos mais preocupados se
essa criança precisa ser educada para competir no mercado global do futuro ou
voltamos à preocupação delas, a terem acesso ao computador, pois não queremos
que elas fiquem desatualizadas. A preocupação se faz no sentido de que esses
tipos de brinquedos contemporâneos tenham a única finalidade de preparar a
criança para o futuro estereotipado pelo adulto, esquecendo que a criança está
no seu presente: o de ser criança.
Para HUIZINGA (2000),
as brincadeiras, os jogos infantis, a recreação, as representações litúrgicas e
teatrais estão relacionadas diretamente ao conceito de ludicidade(Ludus). Ele traz o conceito de
HOMOLUDENS “o homem que se diverte”, uma vez que o ato de jogar pode ser
considerado como um fato relevante e existencial no processo evolutivo humano.
Para muitos, atualmente,
ainda acreditam que o brincar não serve para nada, só para passar o tempo ou
que o ato de brincar somente se resume a brinquedos consumidos e que tenham
atrativos sonoros, coloridos, com funções. Todavia, desde a antiguidade já se
falava do brincar enquanto estimativa de aprendizagem e desenvolvimento.
Os estudos de KICHIMOTO
(1993) abordam sobre as influencias do negro, do índio e do português sobre o
brincar e os jogos infantis que contribuíram para a cultura brasileira, nos
quais dentre eles citamos: a pipa, a bola de gude, os brinquedos cantados.
De acordo com o artigo 31 da
Convenção dos Direitos da Criança da ONU (Organização das Nações Unidas) “Toda criança tem o direito ao descanso e ao
lazer, e a participar de atividades de jogos e brincadeiras, apropriadas
à sua idade, e a participar livremente da vida cultural e das artes”. E
quando se fala em criança e a brincadeira, realmente é um assunto que deve ser
discutido, porque brincar é uma atividade prazerosa, além de ser divertido e
ser essencial para o desenvolvimento e o aprendizado das crianças. Seja na
escola, em casa, no parque deverá haver um espaço para que as crianças brinquem
de forma espontânea e estabelecer um convívio social com outras crianças.
Brincando a criança está nutrindo sua vida interior, descobrindo sua
vocação e buscando um sentido para sua vida. Ao brincar com outras pessoas, a
criança aprende a viver socialmente, respeitando regras, cumprindo normas,
esperando a sua vez e interagindo de uma forma mais organizada, isto é,
preparar para a vida.
As crianças precisam vivenciar suas ideias em nível simbólico, para
poderem compreender seu significado na vida real. Então, é preciso brincar,
brincar seriamente, brincar profundamente.
Os jogos e os brinquedos expressam valores e proporcionam oportunidades
para assimilação de ideias e formação de princípios. Brincando ou Jogando
a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis à sua
futura atuação profissional, tais como atenção, o hábito de permanecer
concentrado e outras habilidades perceptuais e psicomotoras.
Quanto aos pais devem valorizar o
brinquedo e acompanhar a brincadeira dos filhos encarando o brinquedo não como
algo que irá distrair a criança enquanto os pais fazem outras coisas. Ao comprar um brinquedo, deve-se escolher
aquele que permita uma interação, a atenção, a imaginação, as habilidades
sociais e os relacionamentos, a expressão verbal e corporal, as habilidades
artísticas e criativas. Geralmente, os
pais costumam compra aqueles brinquedos que todas as crianças têm ou a que
passou no comercial e porque está na “moda”, e que depois de uma semana estará
jogado em um canto.
Essa discussão se faz necessária,
uma vez que enquanto professores precisamos fomentar situações cotidianas em
que a criança possa manipular, construir, desconstruir, imaginar, criar,
reaproveitar materiais que aparentemente não tem símbolo algum, mas que pode
ser transformado em brinquedos e jogos em momentos de experiências infantis.
Portanto, é pertinente oferecer situações para que as crianças criem seus
próprios brinquedos, sejam eles através de materiais alternativos: carrinhos,
caminhões, bonecas, boliches, bolas, bilboquês, vai-e-vem, etc; visto que
durante a construção desses brinquedos ela já brinca com a imaginação, entra no
simbólico e na fantasia, pensando no significado desse objeto através da
experiência do brincar.
A
Importância do Preservar o Meio Ambiente:
À medida que a humanidade tem
aumentado, sua capacidade de intervir no meio ambiente para satisfazer suas
necessidades e desejos crescem juntamente. O que faz com que surjam tensões e
conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia
disponível.
Nos últimos séculos, um modelo de civilização vem trazendo a
industrialização como forma de produção e consumo material. E a exploração dos
recursos naturais passou a ser feita de forma demasiadamente intensa degradando
seu espaço biótico e abiótico, aumentando também a poluição ambiental,
aquecimento global, doenças e destruição.
Muitas pesquisas relatam que o tempo de decomposição de materiais no
mar, rios, lagos e solo levam anos para acontecerem, como por exemplo: o
plástico leva mais de 100 anos para se decompor na natureza. O nylon leva mais
de 30 anos. O chiclete, mais de 5 anos. O filtro do cigarro, leva de 6 meses a
um ano. O metal (de cerveja) mais de 100 anos. A madeira pintada leva 13 anos.
E os piores de todos: o vidro levará 1 (hum) milhão de anos para se decompor e
a borracha (pneu de carro) por tempo indeterminado (PETROBRÁS).
O homem percebendo-se como parte integrante do meio ambiente tem pensado
em resgatar a noção da questão de proteção ambiental com finalidades de
qualidade de vida das comunidades com seus componentes bióticos e abióticos,
onde definições como a de meio ambiente e de desenvolvimento sustentável estão
em construção e envolvem grande discussão.
Uma sociedade sustentável, de acordo com as Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma), seria aquela que vive em harmonia com alguns princípios
interligados como: respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos; melhorar a
qualidade de vida humana; conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta
Terra; permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta Terra;
modificar atitudes e práticas pessoais; permitir que as comunidades cuidem de
seu próprio ambiente: protegendo, preservando, conservando, recuperando e
evitando a degradação; etc.
Esse tipo de discussão é útil, na medida em que voltamos a nossa atenção
para a forma como se realiza a ação do homem na natureza e como se constrói um
patrimônio cultural. Portanto, permite discutir a necessidade, de um lado de
preservar e cuidar do patrimônio natural para garantir a sobrevivência das
espécies, a biodiversidade, a conservar saudáveis os recursos naturais como a
água, o ar e o solo; e, de outro lado, preservar e cuidar do patrimônio
cultural, construído pelas sociedades em diferentes lugares e épocas.
A opção pelo trabalho que envolva o tema Meio Ambiente nos remete a
necessidade de aquisição de conhecimento e informação por parte da escola para
que se possa desenvolver um projeto adequado junto aos alunos. No que se refere
à área ambiental, há muitas informações, valores e procedimentos que estão
sendo realizados e transmitidos às crianças nas escolas para que se estabeleçam
as relações entre esses dois universos (Criança e Meio Ambiente) no
reconhecimento dos valores que se expressam por meio de comportamentos,
técnicas, manifestações artísticas e culturais.
A questão ambiental vem sendo considerada como cada vez mais urgente e
importante para a sociedade, pois o futuro da humanidade depende da relação
estabelecida entre o meio ambiente e o uso pelo homem dos recursos naturais
disponíveis para garantir a qualidade de vida de todos. Essa consciência já
chegou até as escolas e várias iniciativas têm sido desenvolvidas em torno
desta questão, por Professores de todo o País. Portanto, concordamos quando diz
uma letra de certa música de Ivan Lins e Vítor Martins – “Depende de nós”:
“Depende
de nós
Quem já foi
Ou ainda é criança
Que acredita
Ou tem esperança
Quem faz tudo
Pr'um mundo melhor...
Quem já foi
Ou ainda é criança
Que acredita
Ou tem esperança
Quem faz tudo
Pr'um mundo melhor...
Depende de nós
Que o circo
Esteja armado
Que o palhaço
Esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente
Precise sonhar...
Que o circo
Esteja armado
Que o palhaço
Esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente
Precise sonhar...
Que os ventos
Cantem nos galhos
Que as folhas
Bebam orvalhos
Que o sol descortine
Mais as manhãs...
Cantem nos galhos
Que as folhas
Bebam orvalhos
Que o sol descortine
Mais as manhãs...
Depende de nós
Se esse mundo
Ainda tem jeito
Apesar do que
O homem tem feito
Se a vida sobreviverá...
Se esse mundo
Ainda tem jeito
Apesar do que
O homem tem feito
Se a vida sobreviverá...
Que os ventos
Cantem nos galhos
Que as folhas
Bebam orvalhos
Que o sol descortine
Mais as manhãs...
Cantem nos galhos
Que as folhas
Bebam orvalhos
Que o sol descortine
Mais as manhãs...
Depende de nós
Se esse mundo
Ainda tem jeito
Apesar do que
O homem tem feito
Se a vida sobreviverá...
Se esse mundo
Ainda tem jeito
Apesar do que
O homem tem feito
Se a vida sobreviverá...
Depende de nós
Quem já foi
Ou ainda é criança
Que acredita
Ou tem esperança
Quem faz tudo
Pr'um mundo melhor...
Quem já foi
Ou ainda é criança
Que acredita
Ou tem esperança
Quem faz tudo
Pr'um mundo melhor...
Depende de nós!
Depende de nós!
Depende de nós!...”
Depende de nós!
Depende de nós!...”
O Projeto
O projeto foi
realizado com um grupo de crianças na faixa etária de 6/7 anos a 10 anos em uma
Escola Municipal do Rio de Janeiro (SME). Antes de confeccionarem os materiais
as turmas receberam instruções e informações a respeito do brincar e as
brincadeiras tradicionais, dos quais já conhecemos como: pique-pegas,
amarelinhas, pular cordas, galinha choca, coelhinho sai da toca, etc.
Utilizaram-se materiais recicláveis contidos em caixas no armário da escola,
como: folhas de jornal, folhas de papel de computador antigas, papel carbono
preto, revistas velhas além de materiais trazidos pelos próprios alunos:
garrafas e tampas de refrigerante plástica (PET), linhas de costura, cordas de
naylon (usados em varal). Como auxiliares usou-se: giz de cera, canetinhas,
lápis de cor, barbante e tesoura.
VAI-E-VEM (Foto: Arquivo Pessoal)
Cada turma
confeccionou um determinado brinquedo de acordo com a faixa etária, tais como:
petecas, pipas e aviões de papel, bilboquê e vai-e-vem de pet (garrafas
plásticas de refrigerante). O primeiro ano do ensino fundamental o alunos
confeccionaram petecas de papel e aviões de papel. No segundo ano, os alunos
confeccionaram pipas de papel. No terceiro e quarto anos, os alunos
confeccionaram bilboquês e pipas. E no quinto ano, alguns alunos confeccionaram
o bilboquê e o vai-e-vem.
PIPA (Foto: Arquivo Pessoal)
Em seguida ao terminarmos a confecção
dos brinquedos, estes foram organizados para serem expostos na escola no dia da
Festa do Folclore, realizado no dia 26 de agosto de 2010, no qual outros alunos
puderam visitar cada exposição de seus colegas de outras turmas.
BILBOQUÊ (Fotos 1, 2. 3: Arquivo Pessoal)
Depois da
exposição proporcionamos um momento no qual cada criança recebeu o seu
brinquedo confeccionado por eles (as) mesmos (as).
BILBOQUÊ (Fotos: Arquivo Pessoal)
Na aula seguinte de Educação Física,
cada criança vivenciou e resgatou com seu respectivo brinquedo confeccionado,
os tempos em que seus pais eram crianças brincando de avião, bilboquê, peteca,
vai-e-vem e pipa.
CAI-NÃO-CAI (Fotos 1 e 2: Arquivo Pessoal)
Ao final das atividades todos os alunos
puderam levar seus respectivos trabalhos (os brinquedos) confeccionados para
suas casas.
JOGO DA VELHA: Confeccionados com papelão, caixa de sabonete e rolo de papel higiênico (Fotos 1, 2, 3: Arquivo Pessoal)
PATA-DE-VACA(Fotos: Arquivo Pessoal)
TELEFONE-SEM- FIO (Fotos: Arquivo Pessoal)
BOLAS DE MEIA (Fotos: Arquivo Pessoal)
Levaremos também em consideração que, cada aluno também inserido neste
contexto cultural, pôde vivenciar e resgatar uma infância (sem o consumo
excessivo de brinquedos industrializados) ao confeccionar seu próprio material,
onde em seguida cada material foi transformado em um brinquedo puramente
lúdico.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICAS:
ALVES, Rubem. Brincando é que se aprende.
Site Disponível em: http://www.rubemalves.com.br/ebrincandoqueseaprende.htm
ALVES, Rubem. Brincar é difícil. Abril/2002. Fonte:
Artigo Disponível em: http://www.brinquedoteca.org.br/si/site/0018020?idioma=portugues
BRASIL, Secretaria de
Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: meio ambiente e saúde. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília. 1997.
HUIZINGA, J. Homo Ludens: O Jogo como elemento da
cultura. São Paulo: Perspectiva Ed.
2000. 4ª Edição.
KISHIMOTO, T. M. Jogos Infantis: O Jogo, a Criança e a
Educação. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes.1993.
OLIVEIRA, Marta Regina Furlan. O
BRINCAR NA SOCIEDADE DE CONSUMO: EM BUSCA DA SUPERAÇÃO DA LÓGICA DE
PADRONIZAÇÃO EPROPRIEDADE DO BRINQUEDO. Revista Eletrônica de Educação. Ano
I, No. 02, jan. / jul. 2008. Acesso em 18/07/2010. Artigo em Site Disponível em
PDF: http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao2/4-%20BRINCAR%20NA%20SOCIEDADE%20DE%20CONSUMO.pdf.
RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Educação. Multieducação: O Ensino de Cultura, Meio Ambiente e Saúde,
Trabalho. Rio de Janeiro, 2008. (Série
Temas em Debate).
OBSERVAÇÃO GERAL:
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