Psicomotricidade e o Controle
Corporal
Por Jacira C. da Costa
Durante o nosso dia a dia, percebemos
e observamos crianças brincando de diversas formas, sejam nas praças, parques,
escolas. Em diversas culturas e países percebemos que existe algo que é comum,
o que as tornam universal, o brincar. Geralmente, considera-se essa atividade
relacionada ao prazer de passar o tempo, ou simplesmente uma recreação para
distrair. Simultaneamente, muitas pesquisas têm constatado que as crianças têm
sido privadas desse brincar, devido ao avanço da tecnologia, levando-as ao
sedentarismo e à imobilidade corporal.
Fonte: Facebook (Foto by Vida Inteligente)
Dentro deste âmbito, apresentamos a
importância da Educação Física, como um meio de se exercitar, fortalecer os
grupos musculares e a resistência física (Cardiorrespiratória). Além de
desenvolver toda uma gama neuropsicomotora.
Quando éramos crianças, talvez nós
já tivéssemos brincado de pular amarelinha ou jogar bola de gude, brincar de
ciranda-cirandinha, piques, pular corda, fazer cambalhotas, andar no carrinho
de rolimã, se equilibrando em árvores, etc. Pelo olhar psicomotor, essas brincadeiras seriam umas das
ferramentas que auxiliam a criança no desenvolvimento de várias estruturas para
alcançar um controle harmonioso do corpo. E para que ela possa executar todas
essas atividades psicomotoras, há uma necessidade de exercitar diversas vivências
corporais, e com isso, desenvolver um bom equilíbrio, uma boa
coordenação motora global e fina, a lateralidade, ritmo, a noção do espaço, tônus,
etc; o que consequentemente,
carregará todo esse registro na sua história corporal durante toda a vida
diária (relacionamentos, estudo, trabalho, etc).
Fonte: Facebook foto By Espaço Psi
Portanto, mais uma vez,
podemos constatar que frases conhecidas do tipo: "brincadeira é coisa
séria” e que “se sujar, faz muito bem”, nos leva a compreender como
é importante obter todo um registro, na mais tenra idade, através de
brincadeiras, que são próprias para a infância e a sua devida importância para
o desenvolvimento infantil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALVES, Rubem. Brincando é que se aprende.
Site Disponível em: http://www.rubemalves.com.br/ebrincandoqueseaprende.htm
ALVES, Rubem. Brincar é difícil. Abril/2002. Fonte:
Artigo Disponível em: http://www.brinquedoteca.org.br/si/site/0018020?idioma=portugues
BRASIL, Secretaria de
Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: meio ambiente e saúde. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília. 1997.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Prática
da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1997.- (Pensamento e ação no
magistério).
HUIZINGA, J. Homo Ludens: O Jogo como elemento da
cultura. São Paulo: Perspectiva Ed.
2000. 4ª Edição.
KISHIMOTO, T. M. Jogos Infantis: O Jogo, a Criança e a
Educação. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes.1993.
LEVIN, Esteban. “O Corpo ajuda o aluno a aprender”. In: Revista
Nova Escola (Seção – Fala Mestre – Entrevista). Jan/Fev, 2005, Pág.(s): 20-22.
OLIVEIRA, Marta Regina Furlan. O
BRINCAR NA SOCIEDADE DE CONSUMO: EM BUSCA DA SUPERAÇÃO DA LÓGICA DE
PADRONIZAÇÃO EPROPRIEDADE DO BRINQUEDO. Revista Eletrônica de Educação. Ano
I, No. 02, jan. / jul. 2008. Acesso em 18/07/2010. Artigo em Site Disponível em
PDF: http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao2/4-%20BRINCAR%20NA%20SOCIEDADE%20DE%20CONSUMO.pdf.
RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Educação. Multieducação: O Ensino de Cultura, Meio Ambiente e Saúde,
Trabalho. Rio de Janeiro, 2008. (Série
Temas em Debate).
VAYER,
Pierre. O Diálogo Corporal: A
ação educativa para a criança de 2 a 5 anos. São Paulo: Manole, 1984.
TANI, G. Educação Física Escolar: fundamentos de uma abordagem
desenvolvimentista. São Paulo: EPU. 1988.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos
processos psicológicos superiores. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.