quinta-feira, 20 de agosto de 2020

A Importância da Função do Brinquedo e do Brincar para Crianças Público Alvo da Educação Especial na Brinquedoteca do Instituto Municipal Helena Antipoff (SME/RJ)

 A Importância da Função do Brinquedo e do Brincar para Crianças Público Alvo da Educação Especial na Brinquedoteca do Instituto Municipal Helena Antipoff (SME/RJ)*

 

 O projeto chamado “Quer Brincar Comigo?” – Espaço de Convivência Infantil e Vivências Psicomotoras: Ubuntu Ludéns que funcionou em caráter de oficina pedagógica no Instituto Municipal Helena Antipoff* que teve como princípio o atendimento educacional especializado de alunos que são público alvo da Educação Especial, estabelecidos pelo MEC, dentre elas citamos: com deficiência Intelectual (Ex.: Síndrome de Down) e TEA (Transtorno do Espectro Autístico). A abordagem Crítico-Superadora (Coletivo de Autores, 1992) se adequa ao Currículo Funcional/Natural (LeBlanc, 1992) que tem por objetivo desenvolver habilidades funcionais que tenham utilidade para a vida do indivíduo. É funcional por reconhecer a necessidade de identificar as características pessoais para que haja uma adequação dos conteúdos à sua realidade, em suas atividades rotineiras e de ensino. A palavra natural diz respeito aos procedimentos de ensino, ambientes e objetos semelhantes à realidade. Winnicott (1975) e Vygotsky (1991) abordaram sobre a importância do brincar, através da relação da criança com ela mesma, com o outro e com os objetos. Para Winnicott o brincar vem do verbo substantivo de ação considerando-a ser uma atividade espontânea, que envolve uma atividade criadora e natural do ser humano, que se caracteriza pelo predomínio do prazer sobre o desprazer. O brincar vem a ser uma atividade em que a criança precisa ter desenvolvido a capacidade de usar objetos. Já Vygotsky (1983) aborda sobre o brincar como necessidade do agir da criança sobre o que ela possui de maior interesse, porém devem existir incentivos eficazes capazes de promover essa ação. O brinquedo possui essa função de fornecer a transição entre objeto-significado para significado-objeto. A Brinquedoteca reúne diversos brinquedos por meio de espaços temáticos, onde a criança poderá vivenciar experiências e convivências da vida diária além de desenvolver as funções executivas no controle de suas competências superiores (Atenção, percepção, memória, linguagem, flexibilidade cognitiva, motricidade, interação social) e se expressar livremente, para que se possa permitir com que haja a manifestação de suas potencialidades e necessidades lúdicas. As atividades desenvolvidas perpassam pelos períodos descritos por Piaget (2002) que são redefinidos pelo brincar: Jogos Sensório-Motor; Jogos Simbólicos, Jogos de Construção e/ou Acoplagem. Em relação à duração e frequência da oficina sempre de 50 minutos de uma vez por semana. Podendo ser individual e/ou em grupo. Os pontos a serem observados no Projeto foram os seguintes: a) Preferência dos brinquedos; b) Preferência pelos cantos de maior procura (Por quê?); c) Qual e que tipo de função eles oferecem aos brinquedos; d) Frequência por faixa etária e sexto; e) Observar como as crianças se relacionam através da proposta inclusiva criança-criança e criança-adulto. As crianças com TEA nível grave à moderado respectivamente, apresentaram brincadeiras sem função de exploração espontânea do objeto ou sem imaginação simbólica aparente. Outras, com alternâncias entre o brincar repetitivo e espontâneo. Crianças com Síndrome de Down realizaram jogos simbólicos, criando transferência de significados da atividade do brinquedo caracterizada por algumas ações em que reconhece através de uma palavra a propriedade e função de um objeto. Por vezes, um objeto pode influenciar outro objeto, mudando o significado.

 

*Trabalho apresentado ao CONGRESSO EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR INCLUSIVA UFRJ/EEFD-2018 em caráter de Poster (na época em que atuava na sala de Brinquedoteca do Instituto Municipal Helena Antipoff.).

**Todos os direitos autorais estão preservados. 

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