quinta-feira, 7 de junho de 2012

Meninos brincam de boneca e meninas de carrinho?

É normal menino gostar de brincar de boneca?

Abaixo veja a reportagem da Revista Crescer que aborda sobre o por que você deve incentivar que seu filho escolha o brinquedo que quiser.

Por Bruna Menegueço


 Shutterstock
            Se você é pai ou mãe de um menino, provavelmente tem na sala um estacionamento de carrinhos e ponto de encontro de super-heróis. Já os pais de meninas sabem de cor os últimos lançamentos da Barbie. Mas será que tem de ser sempre assim?
             A genética tem lá a sua parcela de responsabilidade nessa divisão de brinquedos entre meninos e meninas. Entre eles, existe, de fato, diferenças no tempo do desenvolvimento de algumas áreas do cérebro que podem refletir no gosto por brinquedos. As áreas do lado direito do cérebro, ligadas às questões visuais, são desenvolvidas mais precocemente nos garotos. Por isso, ele utiliza o brinquedo como ferramenta, para chacoalhar, montar, empilhar, organizar e usar conceitos lógicos. As meninas desenvolvem primeiro as áreas que envolvem linguagem e afetividade. Elas têm facilidade com relações pessoais e são atraídas por expressões faciais em bonecos.
               Mas os seus valores e o ambiente em que o seu filho é criado são fatores importantes na formação das escolhas. O que você faria, então, se o seu filho gostasse de brincar de boneca? Dá um certo frio na barriga, é normal. Desde a gestação, você já começa a fazer escolhas. É a cor do enxoval, as roupas, a decoração do quarto. Quando seu filho escolhe brincar com uma boneca parece que alguma coisa está errada: mas não está!

Mudança de papéis:
           Pense nas mudanças que a sociedade passou nos últimos 30 anos. As mulheres invadiram o mercado de trabalho. Há cada vez mais casos em que a mãe trabalha e o pai fica com os filhos. Essas transformações chegaram às brincadeiras também. “Elas são como pontes para a realidade. Por isso, quando a criança troca de papel, treina como lidar com relações diferentes e emoções, tanto dela mesma como das outras pessoas”, diz a educadora Ivani Magalhães, coordenadora da brinquedoteca do Projeto de Extensão do Centro Universitário Ítalo-Brasileiro.
         Essa "troca" não influencia a sexualidade. Meninos não vão assumir papel de meninas e vice-versa. “Pense nas brincadeiras com as profissões como exemplo. Seu filho vai brincar de médico, professor, veterinário, secretário etc. Isso não significa que ele vá se decidir por uma dessas carreiras quando crescer”, diz Ivani.
        Estimular seu filho a brincar com vários tipos de brinquedos dá a ele a chance de desenvolver habilidades que vão ser importantes para o futuro, desde a difícil escolha da profissão até aprender a lidar com as pessoas.


Lego lança linha para meninas e brinquedo é considerado ofensivo:

           Contudo, do ponto de vista comercial, um lançamento de uma linha de brinquedos Lego voltada para o público feminino parecia ser uma boa ideia, já que a maioria dos produtos da empresa são dedicados aos meninos. Mas a série Lego Friends, em vez de se transformar em um sucesso de vendas, causou revolta em ativistas sociais.
        Os novos brinquedos foram considerados sexistas e ofensivos. A linha é composta de cinco amigas e blocos para montar uma casa, um café e um salão de beleza, entre outras possibilidades. A maior reclamação feita pelos ativistas é que a coleção é um estereótipo do que querem as garotas: do visual às roupas rosa que elas usam. Alguns afirmam que essas bonecas poderiam fazer com que as meninas se sintam desconfortáveis com seus próprios corpos. A Lego diz que a série Friends foi criada com base em uma pesquisa feita durante quatro anos.
        Para mostrar sua insatisfação contra a Lego, as ativistas Bailey Richards e Stephanie Cole, de 22 anos, lançaram uma petição online para que a empresa parasse de fabricar a linha para meninas. Até a data da reportagem (24/01/2012 17h12- Atualizado em 24/01/2012 17h18), 49.676 pessoas assinaram a petição. A meta é chegar a 50 mil assinaturas.
         Quando foi criada, no final da década de 1940, a empresa dinamarquesa produzia brinquedos que tinham apelo para qualquer criança. Com o passar do tempo, o apelo unissex acabou perdendo força e a solução foi investir em linhas baseadas em filmes, livros e games, como Harry Potter, Príncipe da Pérsia e Star Wars.

Abaixo, assista ao comercial de Lego Friends:

http://youtu.be/ZEbJQmiZlEk



Hormônios e seleção das Brincadeiras:

        Do ponto de vista da medicina atual, se identificam três componentes no desenvolvimento psicossexual:

a) A identidade sexual, que se refere a maneira em que uma pessoa se considera ou se representa a sí mesma (o) como mulher ou homem;

b) O papel do gênero, isto é, as condutas típicas atribuídas às mulheres e aos homens, tais como as preferências por brincadeiras entre os meninnos e as meninas ou a conduta agressiva, entre outros aspectos, e

c) A orientãção sexual, que se refere à direção de interesse e inclui condutas, fantasias e atrações.  Se tem considerado que o desenvolvimento psicossexual é o resultado de uma complexa rede de interações entre fatores genéticos, endócrinos, anatômicos e sociais, mas se refere em particular ao papel dos hormônios neste desenvolvimento.

Assista ao vídeo " Hormônios e Seleção das Brincadeiras" ( "Hormonas y eleccion de juguetes") acessando o link abaixo.

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