sábado, 31 de março de 2012

Brincar também ajuda a ir bem na escola e desenvolve aptidões


Pesquisa comprova que a diversão na infância pode influenciar o desempenho futuro nos estudos (Por Luiza Tenente)


(Foto: Revista Crescer)

Brincar com os filhos já é gostoso. E os benefícios vão além da diversão. Um estudo realizado pela Utah State University (EUA) constatou que essa interação pode ter relação direta com o desempenho escolar da criança no futuro. Foram 15 anos observando 229 crianças de famílias de baixa renda. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que atividades divididas em etapas; jogos que propõem formação de palavras, de figuras e de objetos; passatempos lúdicos relacionados às experiências da criança e exercícios incentivadores são as categorias de brincadeira que mais influenciam no desempenho dos estudos.


A explicação está no estímulo que as brincadeiras produzem no sistema nervoso. “Após o nascimento, o cérebro ainda está em processo de formação. Assim, essas atividades de diversão potencializam o desenvolvimento cognitivo”, explica Marcelo Masruha, professor do setor de neurologia infantil da Unifesp. De acordo com ele, as brincadeiras que têm possibilidades abertas estimulam a criatividade e também contribuem para um bom desempenho escolar. Sabe aquela caixa vazia que seu filho transforma em casa, carrinho ou qualquer outro brinquedo? É isso! Entram nessa lista os blocos de montar, bola e argolas com cone.

Brinque junto


Exatamente! A sua participação na diversão da criança é essencial. Ainda que você trabahe o dia todo, reserve um tempo para vocês, para que esteja inteiro na brincadeira com o seu filho. Não adianta estar apenas ao lado dele, plugado no telefone, computador, iPad. Mais do que a quantidade de tempo com as crianças, a qualidade do momento em que estão juntos é que vai fazer a diferença.

Participar do brincar junto com o seu filho oferece equilíbrio emocional a ele. “As crianças sentem-se mais seguras quando estão brincando com os pais”, diz Masruha. De quebra, esse carinho também vai refletir no aprimoramento da linguagem do seu filho. Para o especialista, todo aprendizado associado à emoção é mais duradouro, ou seja, ajuda na cristalização da memória. E tem jeito mais gostoso de contribuir para o crescimento do seu filho do que se divertir com ele? Aproveite!

Outra fonte: Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP) e Revista Crescer

Link: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI299993-10527,00-BRINCAR+TAMBEM+AJUDA+A+IR+BEM+NA+ESCOLA.html


Você acha que isso é apenas brincar?

Não mesmo. Enquanto brinca, seu filho também desenvolve aptidões essenciais para ser um profissional de sucesso.

(Por Malu Echeverria e Thais Lazzer)


RICARDO CORRÊA

Você quer que seu filho seja bem-sucedido, independentemente da atividade que escolher, certo? E, pensando nisso, acha que ele deve dedicar boa parte da infância aos estudos, ao invés de gastar o tempo livre brincando? Normal.

Segundo pesquisa da educadora Marilena Flores, 84% dos pais orientam os filhos para estudar mais que brincar. O que é compreensível no mundo competitivo em que vivemos.

Outro estudo de 2007, feito pela Unilever com 1.500 mães em dez países, mostra que 94% delas acham que a brincadeira é importante para a saúde, mas apenas 40% citam o desenvolvimento das habilidades sociais como o maior benefício. Para Jerome e Dorothy Singer, professores de psicologia da Universidade Yale (EUA) e coordenadores da pesquisa, hoje as crianças têm menos tempo para brincar porque os pais exigem que elas se concentrem mais na escola. “Eles esquecem que, enquanto brincam, as crianças aprendem a cooperar e a criar relações sociais que vão ajudá-las a se tornar adultos mais maduros e capazes de solucionar problemas”, afirmam.

Duvida? Para tirar a prova, perguntamos ao consultor de carreira Max Gehringer, o que o profissional do futuro tem de saber para se dar bem. Os itens foram avaliados por especialistas em desenvolvimento infantil, que chegaram a uma resposta definitiva: brincar é a melhor maneira de desenvolver todas essas habilidades.

RICARDO CORRÊA

Empreender

Para Gehringer, a capacidade de enxergar todos os ângulos de uma questão e criatividade na hora de avaliar um problema são características valorizadas no mercado. O faz-de-conta, onde a brincadeira transcende o limite da realidade, é nada mais do que um exercício de imaginação, um treino para a vida real. Você já prestou atenção num grupo de crianças brincando de casinha? Outro item importante para os empreendedores do futuro é saber correr riscos. Como andar de bicicleta. No início, a criança pode cair várias vezes, até perceber que consegue pedalar sem rodinhas. Mas, antes, teve de vencer o medo.

Adaptar
A habilidade de se adaptar a diferentes situações, fundamental no mundo corporativo, segundo Gehringer, também pode ser praticada na hora do recreio. Um jogo de tabuleiro, por exemplo, além de ensinar a criança a lidar com perdas e ganhos, mostra que, vez ou outra, tudo bem em mudar as regras. Mas quem briga com todo mundo quando perde - assim como no escritório - pode ficar de fora da próxima brincadeira. Já os blocos de montar mostram que, quando tudo cai, podemos tentar de novo!

Estudar

Os profissionais do século 21 devem atualizar o currículo sempre, com cursos e especializações. Ou seja, têm de gostar muito de estudar. Qual a relação com o brincar? Em primeiro lugar, a curiosidade é a condição básica para se interessar pelo conhecimento. As crianças são curiosas por natureza, mas essa vontade de aprender pode ser perdida com o tempo. O faz-de-conta é uma maneira de preservá-la. Pois a criança que exercita a fantasia, sendo em um dia a princesa e no outro o dragão, consegue se transportar mentalmente para outros lugares com facilidade. O que vai fazer toda a diferença na escola, das aulas de matemática às de literatura. Os livros, aliás, também são brinquedos importantes - isso mesmo! - para treinar a imaginação.

BRINCAR PARA CRESCER

O consultor de carreiras Max Gehringer é do tempo em que as crianças brincavam muito, principalmente fora de casa. "Passava as tardes jogando futebol, brincando de pega-pega e subindo em árvores com os colegas da vizinhança", diz. Como naquela época não havia problemas de segurança, brincar livremente pelo bairro não era algo que preocupasse a família.

Ele recorda que as portas das casas estavam sempre abertas e "podia-se chegar a qualquer momento para um café com bolo".

Dono de um currículo de respeito, com passagens pela Fundação Getulio Vargas, por Harvard e Cambridge, só para citar algumas, Gehringer não menospreza a contribuição que as brincadeiras de rua trouxeram à sua vida. "Elas me ajudaram a desenvolver a imaginação, o físico e o social." Mas acha que, se fosse criança hoje, com certeza brincaria de videogame também!


Consultores: David Elkind, psicólogo, autor de Sem Tempo para Ser Criança (Ed. Artmed); Marcelo Cunha Bueno, coordenador pedagógico em São Paulo; Maria Angela B. Carneiro, pedagoga, Peter Smith, educador.

Fonte e Link: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI965-10531,00-VOCE+ACHA+QUE+ISSO+E+APENAS+BRINCAR.html


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