PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO FÍSICA: CADA UM NO SEU QUADRADO, MAS NA
INCLUSÃO, O MUNDO É REDONDO.
Por Jacira C.
da Costa.
Durante
as atividades de Educação Física, o que se predomina são atividades que possuem
objetos redondos ou as que giram tais como bambolês, cordas e bolas. E dentre
as atividades o que mais as crianças preferem está o futebol. Afinal, o Brasil
é conhecido como o país do futebol. Você já deve ter se perguntado, o porquê da
grande atração das crianças pela bola, ou seja, pelas coisas redondas ou que
giram, como outro exemplo: Bambolê. De uma maneira geral, o mundo é redondo.
Contudo, podemos ver o mundo nas mais variadas formas ou “disformas”, cores e
lados: Quadrado, retângulo, losango, trapézio, pentágono, etc. Geralmente, as
crianças, desde bebês são fascinados e atraídos pelas bolas, seja ela de
qualquer cor. Quanto aos movimentos associados ao uso desses objetos, citamos:
o chutar e o arremessar. Com ela, se
podem desenvolver diversas funções psicomotoras como coordenação motora fina
(habilidade e destreza) e/ou óculo-manual, lateralização, tônus (força
muscular), orientação espaço-temporal, o que inclui o ritmo.
Foto by Vygotsky (By Educação como prática da liberdade)
Brincando de peão (Foto Turma da Mônica - Domínio Público)
Nos primeiros
meses de vida podemos observar certos movimentos em uma simples brincadeira de
dar e receber (ir e voltar), cujo jogo simbólico é significativo (Presença e
ausência do outro) e que foi definido por Freud como “Fort-da”. Dentro de um determinado contexto
sociocultural, a ideia do jogo do Fort-da (Freud) se encontraria inserida no
momento da sensibilização a inclusão seja a criança deficiente ou não
deficiente. E diante de uma grande diversidade as crianças podem ser altas e baixas, loiras e morenas, gordas e magras,
cegas, surdas, cadeirantes, autistas, etc. Algumas nasceram em lares bem
estruturados com pai, mãe e irmãos (ãs), onde todos foram alfabetizados e são
leitores. Já em outras, não. Por isso, é importante saber respeitar o ritmo de
cada criança e preparar estratégias de ensino que privilegiem as atividades
diferenciadas. Porque a partir do ato de dar e receber quando se tem a participação
do outro, já se tem a presença do jogo, pois é a partir desse, é que se inicia
o processo de relação social, ou seja, as primeiras relações sociais com a mãe/pai/cuidadora,
com a família, com a escola, com a vida. E assim, respeitando os
individualismos e as individualidades, as presenças e ausências, a maturidade, os
limites. E aí, topa uma partida de futebol? Vamos brincar de roda?
*Fotos de domínio público.
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"A BOLA DA INCLUSÃO - EDUCAÇÃO ESPECIAL" E INCLUSÃO