Blog sobre Literatura para Infância, Ilustrações, Arte-Educação, o Brincar, a Ludicidade e Fazedôura de Livros Artesanais
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
A menina que só enxergava cinema
Objetivos da Psicomotricidade Relacional
domingo, 29 de janeiro de 2012
Benefícios da Psicomotricidade na Educação Infantil
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Psicomotricidade Educacional - Psicomotricidade Funcional e Relacional
Psicomotricidade Funcional e Psicomotricidade Relacional: Duas Linhas de Pensamento
Professora: Ursula Boeck Roteiro: Edson Gandolfi
Psicomotricidade e Educação - Psicomotricidade Funcional e Relacional
(Transcrição do vídeo)
A Psicomotricidade Funcional está relacionada às famílias de exercícios. Já a Psicomotricidade Relacional se utiliza do corpo como uma das vias principais de aprendizagem.
A Psicomotricidade segue duas linhas de pensamento. A Funcional, que possui uma metodologia diretiva, se utiliza do Teste-Família de Exercícios e mensura a capacidade motora. A Relacional, que possui uma metodologia não-diretiva e trabalha com brincar. Além de potencializar a aprendizagem e o desenvolvimento.
Palavras Chave: Psicomotricidade Funcional, Psicomotricidade Relacional, Brincar, Reeducar, Terapia e Educar.
A PSICOMOTRICIDADE FUNCIONAL:
A Psicomotricidade Funcional tem como objetivo educar sistematicamente as diversas condutas motrizes partindo dos déficits encontrados. Busca com isso, a existência de uma melhor integração do sujeito na vida social e escolar.
A Psicomotricidade Funcional surgiu a partir da Educação Física utilizando-se das famílias de exercícios para a reeducação motora, onde o facilitador dirige a sessão sendo o modelo, de forma a levar o indivíduo a exercitar o corpo de forma a sanar possíveis dificuldades motoras. São exemplos de exercícios: subir, descer, pular e correr. Ela trabalha com um método diretivo de família de exercícios. Trabalha-se com as crianças oferecendo alguns materiais e onde o facilitador oferece o próprio corpo como forma de ajuda para desenvolver as atividades. Como a base do seu trabalho é diretiva, o psicomotricista planeja as atividades, ou seja, planeja uma série de exercícios psicomotores com objetivos pré-estabelecidos visando desenvolver a área motora a ser trabalhada. Durante um tempo estipulado, o psicomotricista dirige as crianças durante sua execução atuando como modelo. As crianças devem seguir os seus movimentos tantas vezes quantas forem solicitadas.
As práticas da Psicomotricidade Funcional atuam basicamente no ato motor, não entendendo ou trabalhando o indivíduo como um todo. Essa prática pode ser necessária em alguns momentos ou em alguns casos, mas se acredita que somente ela não seja tão eficaz quanto à abordagem da psicomotricidade que trabalha o indivíduo em sua totalidade, unindo mente, corpo, cognição e afetividade.
O que sustenta o trabalho prático do psicomotricista é a sua linha teórica.
A PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL:
A Psicomotricidade Relacional surgiu, naturalmente, durante a reavaliação das práticas exercidas pelos profissionais, que de certa forma, perceberam que faltava algo que atendessem a todas as necessidades dos indivíduos que apresentavam alguma dificuldade e procuravam ajuda. A partir dessa busca, por mais qualidade no atendimento foram sendo aprimoradas técnicas que até hoje são utilizadas para trabalhar através da própria expressão corporal do indivíduo para ajudá-lo a superar suas dificuldades.
A Psicomotricidade Relacional tem um componente importantíssimo, que é o diferencial do que já possuem as outras práticas educativas, que é o jogo. Contudo, não estamos falando de um jogo de basquete ou de futebol, mas sim, de um jogo da Psicomotricidade Relacional que é o lúdico, que é o brincar da criança. Assim, nós podemos encontrar em uma atividade/sessão de Psicomotricidade Relacional o salto, onde, por exemplo, se pode demonstrar a estrutura corporal da criança. Nesse caso, em que crianças que saltam, a sua estrutura corporal é bem mais diferenciada das crianças que não saltam ou não conseguem saltar. Outro elemento que é importantíssimo na Psicomotricidade Relacional ou em uma sessão é a construção (Ex.: de madeiras), que também demonstram a estrutura corporal da criança. Uma criança que constrói na vertical, a sua estrutura estará bem mais aperfeiçoada do que o de uma criança que não consegue. Outros elementos da Psicomotricidade Relacional são as fantasias, as roupas e tecidos que são utilizadas na questão do simbolismo ou jogo simbólico, as quais as crianças podem se exteriorizar durante a sessão.
Mas há as possibilidades de aprendizado e de cognição e os seus limites na construção motriz do ser humano? Não há limite dentro da expressão motriz. O limite está na própria criança, segundo o Professor Fausto Gosmann da Escola Ulbra Paz. O que é utilizado é o brincar e o jogo. E o que uma criança sabe fazer melhor que um adulto? BRINCAR. Então, a Psicomotricidade Relacional parte do princípio do que a criança já sabe, que é esse brincar. E é a partir desse brincar, desse jogo e desse lúdico que o Psicomotricista irá agir, de forma a alavancar todas as formas de processo desenvolvimento da criança.
Na sessão de Psicomotricidade, o papel do psicomotricista facilitador é o de instigar ou provocar a participação e o movimento do sujeito. Neste trabalho, não existe direcionalidade ou qualquer tipo de interferência do facilitador. Ele não ordena exercícios ou exige movimentos. O objetivo é provocar, instigar, facilitar e proporcionar o acesso a diversos materiais e sensações motoras. E observando a atuação do sujeito durante a sessão, o Psicomotricista analisará suas reações para compor o diagnóstico e a possíveis provocações futuras, para o auxílio na superação das dificuldades desse sujeito.
O facilitador, em uma sessão relacional é o profissional que se dispõe emocional e corporalmente para ser o elo de apoio e incentivo nas superações do indivíduo. Ele é o observador, que a partir das práticas realizadas irá compor a aplicabilidade e a eficácia do tratamento, em cada caso. O facilitador não interfere no jogo e no brincar da criança, mas se utiliza da observação do brincar para auxiliar na terapia necessária, buscando a superação das dificuldades apresentadas.
Depoimento de uma criança:
“Jornalista: O que você está fazendo aqui?
A menina: Estou brincando!
Jornalista: Brincando de quê?
A menina: De qual quer coisa!”
Além das duas linhas de pensamento, a Psicomotricidade também apresenta três vertentes: a Reeducação, a Terapia e a Educação. A Reeducação Psicomotora busca reeducar o corpo para que este reproduza movimentos motores de acordo com o padrão esperado. Essa prática tem evoluído de uma relação mecanicista e unilateral para uma relação de escuta e interação. A Terapia Psicomotriz considera as emoções como parte integrante do corpo, pois utiliza as bases da Psicanálise para trabalhar o indivíduo como um todo, sendo estes Portadores de Necessidades Especiais ou não. E que apresentem algum tipo de dificuldade motora ou de relação social. A Educação Psicomotora ou Prática Psicomtriz Educativa surge como uma evolução das duas vertentes citadas anteriormente. Ela busca o desenvolvimento global da criança (como um todo) através do lúdico facilitando sua socialização e auxiliando no processo de aprendizagem.
Em função do lúdico, a criança expressa seus sentimentos de acordo com as suas motivações, levando-a ao desenvolvimento global. Segundo Negrinne, brincando, a criança interage com o meio e potencializa a sua aprendizagem.
domingo, 15 de janeiro de 2012
ANA RITA MATIAS sobre PSICOMOTRICIDADE
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Psicomotricidade (concepções)
Este filme divulgado pela Universidade de Évora pretende essencialmente divulgar a psicomotricidade a fim de uma melhor compreensão por parte dos demais profissionais...Constam,então, algumas definições de diferentes autores. (By Daniel Dias)
PSICOMOTRICIDADE
É a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto.
A Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. (Associação Brasileira de Psicomotricidade).
Assim, a Psicomotricidade tenta estudar a criança através do seu corpo psico-motor-afetivo em idades, o qual tenta desvendar ou iluminar através de sua curiosidade o que está escondido utilizando-se do ato espontâneo.
PSICO – MOTRIC - IDADE
IDADES
PSICO → AFETIVO ← MOTOR
↓ IDADES ↓
CURIOSIDADE ↔ Ato Espontâneo
(Iluminar o que está escondido)
“É a relação entre Motricidade e Inteligência permitindo relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao ambiente e os hábitos da criança”. (Wallon).
“É na sua totalidade, melhorando as qualidades uma terapia que, agindo por intermédio do corpo sobre as funções mentais pertubadas*, pois considera a pessoa de atenção, representação e relacionamento visando, pelo movimento, uma organização mental cada vez maior.” (Victor Fonseca).
* Entenda-se pertubadas como algo que está fora do lugar no tempo e no espaço.
Portanto,
A Psicomotricidade é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.
Quem é o Psicomotricista?
EDUCAÇÃO
CLÍNICA
Consultoria, Supervisão, e Pesquisa.
E conforme o objetivo, segue as seguintes linhas:
Crianças em fase de desenvolvimento; bebês de alto risco; crianças com dificuldades/atrasos no desenvolvimento global; pessoas portadoras de necessidades especiais: deficiências sensoriais, motoras, mentais e psíquicas; pessoas que apresentam distúrbios sensoriais, perceptivos, motores e relacionais em conseqüência de lesões neurológicas; família e a 3ª idade.
Por que se faz?
A intervenção realizada através da psicomotricidade poderá ser canalizada pela sua área de atuação educativa, preventiva e reeducativa/reabilitativa. Há a intenção de promover e estimular o desenvolvimento, incluindo a melhoria/manutenção de competências de autonomia ao longo de todas as fases da vida de um indivíduo. De acordo com as suas linhas de atuação, ela deverá agir holisticamente de forma:
¢CORPORAL - trabalha desarmonia tônico -emocional, instabilidade postural e perturbações nas habilidades psicomotoras;
Durante a infância, uma intervenção ao nível da psicomotricidade poderá potencializar o desenvolvimento função da simbólica; Das habilidades corporais como: o equilíbrio, a coordenação, a orientação espacial e temporal. Além disso, promove melhor entendimento sobre si mesma e, por consequência, uma melhor compreensão em relação às outras pessoas e ao seu ambiente.
A Psicomotricidade é presente nos menores gestos e em todas as atividades que a motricidade da criança é gestualizada, visando ao conhecimento e ao domínio do seu próprio corpo. E através da expansão de seus movimentos e exploração do corpo e do meio, a sua volta. Por isso dizemos que a mesma é um fator essencial e indispensável ao desenvolvimento global e uniforme da criança. A estrutura da Psicomotricidade é a base fundamental para o desenvolvimento processo intelectivo e de aprendizagem da criança.
Portanto, para a psicomotricidade interessa o indivíduo como um todo, procurando auxiliar qual está no corpo, na área da inteligência ou na afetividade, e então, definir quais atividades devem ser desenvolvidas para superar tal problema.
Como se faz?
A psicomotricidade realiza atividades pela vertente funcional e relacional. A vertente funcional utiliza-se de atividades motoras em que envolvam os fatores psicomotores fundamentais (Luria e Costallat) como o tônus, o equilíbrio, a coordenação motora ampla e fina, as percepções visuais, auditiva, olfativa, gustativa e táteis; Noção do corpo: o esquema e a imagem corporal, lateralidade, Estruturação espaço-temporal: relações temporais e espaciais. Esta vertente baseia-se na Neurofisiologia. É diretiva (Prescrição de Exercícios). Tenta acompanhar a maturação. Realiza um diagnóstico através do Perfil psicomotor. Se utiliza da ação do brincar mais diretivo. Já a vertente relacional utiliza ferramentas através do brincar espontâneo. Esta vertente se baseia na Psicanálise; É não-diretiva; Valoriza o brincar espontâneo; Atua no indivíduo total.
A Psicomotricidade Funcional sustenta-se em diagnósticos do perfil psicomotor e na prescrição de exercícios para sanar possíveis descompassos do desenvolvimento motor. A estratégia baseia-se na repetição de exercícios funcionais, que são estereótipos criados e classificados constituindo as famílias de exercícios. O psicomotricista irá aplicar e dirigir através de uma postura de comando, mas não irá interagir totalmente com a criança. Basicamente, a postura da criança é de imitação dos movimentos do psicomotricista, de dependência e de pouco contato corporal entre as demais crianças do grupo, já que são exercícios específicos e direcionados.
A Psicomotricidade Relacional se utiliza-se da ação do brincar (jogo simbólico) através da liberdade e do espaço como elemento motivador para provocar a exteriorização corporal da criança, pois entende-se que a ação do brincar impulsiona processos de maturação e de aprendizagem em sua globalidade, manifestando suas emoções, fantasias e sua inteligência em formação.
Psicomotricidade Funcional
Psicomotricidade Relacional:
A psicomotricidade vivenciada está centrada em métodos não diretivos em que as ações desta prática fundamentam-se no jogo como ferramenta para o brincar da criança, proporcionando a representação, a imaginação e criatividade. Trabalha o indivíduo em sua totalidade neste espaço lúdico e educativo, permitindo a exteriorização de suas emoções, a interação com o ambiente, com os objetos e com outras pessoas.
Para “Lapierre inclina-se a potenciar o jogo simbólico [...] pois, todo jogo da criança há uma intenção, mesmo que de forma inconsciente.” (NEGRINE, 1995, p.65). Ele também afirma que a psicomotricidade relacional tem um papel de prevenção, levando os alunos a alcançar o equilíbrio no seu desenvolvimento; despertar o desejo de aprender, estimular a criatividade, a integração social. Essa construção acontece através do jogo espontâneo,integrando suas dificuldades, necessidades e linguagem, de forma harmônica, com a realidade e com o meio que está inserido.
A psicomotricidade relacional parte do princípio da espontaneidade da criança, ou seja, do que ela gostaria de brincar. Com tal objetivo, o psicomotricista, utiliza de materiais que remetem ao sensório-motor, passando pelo simbólico, jogos de construção e aos jogos com regras, de uma maneira, discreta e delicada, assim a criança brinca, sem perceber conscientemente o que está sendo trabalhado inconscientemente, como diz Vecchiato (1989), “esse material, em sua simplicidade, favorece o jogo espontâneo e até mesmo a possibilidade de uma produção de caráter simbólico” (p. 32).
“As atividades de psicomotricidade nascem desde a abordagem das crianças. Em psicomotricidade, não se propõem atividades, mas se propõem o espaço e as crianças o aborda a partir do seu desejo, vontade e etapa de desenvolvimento...dependendo da idade, é o jogo que criarem.”
A psicomotricidade estimula-se através de jogos como por exemplo: jogos funcionais ou motores e/ou relacionais, cuja função é dar harmonia aos gestos e aumentar a sua eficácia; Pode também recorrer-se a jogos simbólicos ou de imaginação, que favorecem a passagem do nível sensório-motor passando pelo simbólico e para o nível da representação; Por seu turno, os jogos de construção, que permitem uma evolução mais rápida para uma adaptação mais precisa à realidade; Os jogos com regras, facilitam o desenvolvimento da cooperação.Esses materiais proporcionam ao psicomotricista uma leitura e intervenção adequada a cada sessão, e dá dicas para as próximas do que poderá ser utilizado. As sessões são organizadas em ritual de entrada, jogos, ritual de saída. O ritual de entrada é benéfico, uma vez que dá a segurança e se instaura como hábito que ajuda a marcar a rotina diária. Ter um ritual em relação à forma de se colocar, fazer ou dizer para começar a jogar, ajuda o indivíduo a estruturar seu pensamento no início da sessão e a inibir seu desejo de movimento e jogo imediato. Ao final da sessão é importante que o aluno participe da representação, o momento no qual ele registra o que viveu isto permite que ele volte à realidade, inicie o processo de elaboração e interiorização daquilo que foi expresso para organizar-se cognitivamente. O ritual de saída é o momento no qual o aluno expressa as representações do que mais gostou ou não, na sessão. Nesta etapa é que ele trabalha sua autonomia, responsabilidade, relação e tomada de consciência da realidade.
Fonte: Associação Brasileira de Psicomotricidade. http://www.psicomotricidade.com.br/
MAPA DO BRINCAR
Como começou a brincadeira?
O Mapa do Brincar é uma iniciativa da "Folhinha", suplemento infantil do jornal Folha de S.Paulo. O site reúne hoje 750 brincadeiras de todo o país.
A primeira versão do projeto foi lançada em maio de 2009, quando convidou crianças de todo o país a contar quais são suas brincadeiras. Um dos objetivos era descobrir se há semelhanças e diferenças entre o brincar no Brasil. De maio a julho do mesmo ano, a "Folhinha" recebeu 10.204 inscrições de crianças das cinco regiões do país, com participação maior do Sul e do Sudeste.
Em alguns Estados, a equipe da "Folhinha" também coletou brincadeiras diretamente com as crianças, mas sempre preservando os relatos infantis. Todo esse material enviado (ou coletado) foi lido e analisado por uma equipe de especialistas na área do brincar.
O site ganhou nova versão em dezembro de 2011, quando ampliou o repertório de brincadeiras coletadas pela equipe da "Folhinha" nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Cada brincadeira registrada neste site traz a indicação de sua origem, o que não quer dizer que ela seja só daquele lugar. A origem indica a cidade em que mora o participante que mandou a brincadeira.
Devido à extensão do país e ao rico repertório de brincadeiras das crianças, no entanto, há ainda sempre o que registrar. Por isso, se você conhece brincadeiras (ou variações) da sua região que não estejam no Mapa do Brincar, envie o material para mapadobrincar@uol.com.br. Você também pode enviar memórias do brincar em outras décadas e termos para o glossário das brincadeiras.